Funasa realizou mais de 41 mil visitas em ação de combate à dengue apenas em 2022

Com ações intensificadas, casos de focos em residências caem mais de 50% entre janeiro e março, mas falta de conscientização da população ainda preocupa autoridades

No combate ao aedes aegypti, o mosquito transmissor de doenças como dengue, zica vírus e chikungunya, apenas a união de esforços entre poder público e população garantem a prevenção. Por isso, desde o ano passado, a Prefeitura de Quirinópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, tem articulado ações de orientação e eliminação de focos no município e, no primeiro trimestre de 2022, o trabalho foi reforçado. Equipes da Funasa cobriram toda a cidade, passando por 41.304 residências.

Destas, 33.985 foram trabalhadas, o que significa que os agentes de endemias foram recebidos pelos moradores para realizar o serviço de orientação e inspeção de possíveis focos. Como explica o chefe do controle de endemias, Adolfo Júnior, “desde o começo do ano, os agentes de endemia têm realizado um trabalho intensivo de orientação, conscientização com moradores e eliminação de criadouros”. Com isso, a diminuição dos focos entre o primeiro e terceiro mês do ano foi significativa, de 361 encontrados em janeiro para 176 em março

Além desse trabalho de vistoria e orientação, a Funasa, articulada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Obras Públicas, também tem realizado a limpeza de locais críticos, mesmo este sendo um trabalho de responsabilidade dos proprietários. “Nós temos ainda uma equipe de apoio tampando caixas d’água e fazendo pontos estratégicos, lugares que os agentes não conseguem fazer a parte da eliminação e que você precisa ter um acompanhamento constante, que é feito a cada 15 ou 20 dias dependendo da situação”, reforçou Júnior.

Outra estratégia implementada é o bloqueio com inseticida, feito com o fumacê. “Se alguém na região estiver pelo menos com sintomas, nós já fazemos o bloqueio com inseticida. Um agente na frente avisando que vai ser passado o inseticida e, logo em seguida, vem o servidor com a bomba motorizada fazendo o bloqueio”, completou. E não para por aí, a educação também entrou na campanha. Com o projeto Saúde na Escola, desenvolvido em todas as unidades de ensino municipais, equipes da atenção básica usaram de muita criatividade para trabalhar o tema com os pequenos, com teatros, panfletos e muita conversa sobre como se prevenir.

Agentes de Endemias utilizam fumacê como medida de bloqueio para regiões onde a população apresenta sintomas da doença | Foto: Wilson Júnior

Entretanto, mesmo com todas essas ações do poder público, Júnior ainda explica que para uma cidade livre da doença, é necessário que a população tenha responsabilidade. “Com tudo isso que a gente está oferecendo, se não tiver ajuda da população, a gente não vai conseguir realizar nada”, ressalta. Deste modo, ele chama a atenção para que a população receba os agentes de endemia e saúde. “Os agentes fazem a prevenção e eliminação de focos, mostram para o morador aquilo que está acontecendo dentro de suas próprias casas”, explicou. 

Além disso, ele ainda pede mais consciência aos proprietários de imóveis vagos e lotes baldios. “A grande dificuldade são as casas para alugar, casas que estão à venda, que a gente tem todo o trabalho de localizar os donos. Além dos lotes baldios que os proprietários não cuidam”, explica e finaliza “o mosquito não brota da terra, ele vem da água. Então, onde tem água parada, corre o risco de propagar a doença”.

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