Com novos protocolos desenvolvidos pelo Ministério Público, Assistência Social, Saúde e Educação trabalham em conjunto para identificar, notificar e acolher casos no município

A campanha Faça Bonito chegou ao fim, mas é agora que o trabalho ganha ainda mais força, afinal falar, denunciar, acolher e orientar a população sobre o abuso e exploração de crianças e adolescentes deve ser uma atitude diária e Quirinópolis não será omissa a nenhum caso, nem se quer suspeita, de qualquer tipo de violência, sobretudo sexual. 

Prova disso é que, na última quinta-feira (20), servidores da Educação, Saúde e Assistência Social participaram de uma capacitação com base nos protocolos e diretrizes desenvolvidos pelo Ministério Público com o intuito de mostrar como identificar, acolher e encaminhar situações de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes.

Neste sentido, a coordenadora do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e CRAS, Daiane Ribeiro, abriu o evento dizendo que “quando a gente começa a trabalhar em rede, descobrimos novos desafios, mas também crescemos e, assim, construímos novos caminhos para proteger nossas crianças e adolescentes”. As três áreas reunidas na formação junto ao poder judiciário e segurança pública formam o que é chamado de Sistema Garantidor de Direitos da Criança e do Adolescente. Assim, o intuito do município com a ação é fortalecer esse grupo, formar pessoas que saibam de fato como lidar com cada situação desde a primeira suspeita até o fim do processo, que tem como base principal o trabalho do Conselho Tutelar.

“Este é um protocolo novo, porém mais de 30 municípios já estão utilizando e já tem dado frutos”, explicou a coordenadora do CMDCA ao apresentar todos os procedimentos e ações imediatas que devem ser tomadas de acordo com a forma e lugar com que a denúncia ou suspeita é identificada. Neste sentido, ela demonstrou da importância da escuta capacitada para evitar, por exemplo, que a criança tenha que repetir o relato diversas vezes, causando mais dor e constrangimento ao pequeno. Falou sobre a necessidade da escola estar atenta aos sinais, pois é ali que os menores se relacionam com o outro, demonstram seus sentimentos e comportamentos. Ressaltou que a saúde, como eixo da atenção básica, que visita e possui um contato próximo com as famílias, deve ser capaz de identificar alterações no ambiente familiar e que possam dizer sobre algo que não está certo e devem ser capazes de dar a vazão correta a tais constatações.

Por fim, este foi só o primeiro momento de um trabalho que será construído diariamente. A rede de apoio está sendo consolidada e os telefones para denúncias estão ativos: para falar com o Conselho Tutelar, ligue (64) 98460-0090, ou Disque Direitos Humanos 100.

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